Há algum tempo, o cantor e guitarrista Xidiminguana tem atravessado um momento difícil. Doente, o autor teve de ser internado no Hospital Central de Maputo. Mas o pior já passou para a família Honwana, pois o artista teve alta hospitalar e já se encontra a recuperar no seio familiar.
Ainda assim, Xidiminguana precisa de dinheiro, sobretudo agora que não pode pisar os palcos para fazer o que realmente gosta: cantar e tocar. Por isso mesmo, depois de uma visita efectuada por Silva Dunduro, o Ministério da Cultura e Turismo decidiu lançar uma campanha de apoio a Xidiminguana. Já que o músico possui cinco mil exemplares de discos diversos (originais) da sua autoria, sem ter onde os vender, até porque teme que sejam pirateados, o Ministério decidiu comercializá-los em algumas repetições suas. Assim, a Casa de Ferro, o antigo Instituto Nacional de Audiovisual e Cinema e o Instituto Nacional do Livro e do Disco foram os locais escolhidos para a venda das obras discográficas de um dos maiores compositores da música popular moçambicana.
Mais do que ceder espaços para venda dos discos de Xidiminguana, na comunicação que o Ministério da Cultura e Turismo fez na manhã desta terça-feira exortou aos apreciadores da música do artista e ao público em geral para, pelo menos, comprarem um disco ao preço de 500 meticais, como um gesto solidário. “Mesmo sem poder ir aos palcos ou perder noites por razões de saúde, Xidiminguana tem um legado que pode vender: os discos dele. Isto leva-nos a apelar à sociedade moçambicana e às instituições para que comprem os discos de Xidiminguana”, afirmou Arnaldo Bimbe, representante do Ministério da Cultura e Turismo.
Questionado sobre se não seria oportuno o Ministério da Cultura e Turismo pagar pelos discos do músico, dando-lhe assim dinheiro imediato, e, depois, reaver o valor aos poucos, Arnaldo Bimbe assumiu que a ideia é, de facto, boa. Mesmo assim, para já o Ministério da Cultura não vai avançar com a proposta.